segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Teoria na prática

tendo alguma noção de como surgiu e como se realiza o cinema, vamos iniciar uma atividade pratica sobre a teoria que estudamos...

Organizem-se em grupos de 4 alunos no máximo, pensem numa historia interessante que vocês conhecem, a história do bairro, da igreja, de uma comunidade indígena, quilombola caiçara... Ou alguma pessoa da comunidade de vocês que de alguma forma faz a diferença. Usem o conhecimento de vocês sobre a região e sua cultura aliados a imaginação e preparem uma redação de 20 linhas contando esta historia.
Nas próximas etapas cada grupo irá elaborar um aprender na teoria e prática a elaborar um projeto de produção audio visual desde o roteiro ate as filmagens e finalização.

Amanha cada grupo ira postar aqui no blog o nome do grupo(isso mesmo criem um nome) e o nome e o numero dos componentes e um esboço da redação com a ideia que tiveram.

Sugiro uma pesquisada maior na internet sobre os irmãos Lumière e que perguntem as pessoas mais velhas sobre a historia da cultura local...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Linguagem - Plano

Plano é o termo adotado para nomear as distâncias da câmera até o objeto ou personagem que ela está filmando.











Plano geral - É a posição mais distante entre a câmera e o objeto. Visto de uma montanha avião ou janela de um predio alto.












Plano Médio- a câmera está distante o suficiente para focalizar uma pessoa dos pés à cabeça, ou algo que equivalha a este tamanho.












Plano AMericano- A mesma pessoa é cortada na altura da cintura; o plano tem este nome por que começou a ser muito usado em filmes de bang bang, principalmente nas cenas do célebre duelo final o confronto entre o mocinho e o bandido.












Plano Italiano- A mesma pessoa aparece cortada pelos ombros, o plano veio do cinema italiano, mais preocupado com a expressividade do personagem.












Primeiro plano(close up) - mostra apenas a cabeça da pessoa

Linguagem - Angulação

O Valor emocional do plano não vem somente da distância mais também da angulação ou seja, a inclinação em que a câmera se coloca. Como o cinema é bidimensional, isto é só tem altura e largura e tem que mostrar uma realidade tridimensional, ou seja, que tem largura, altura e espessura, a câmera tem que ficar em diversas posições para dar uma possível ilusão de profundidade.













Se queremos filmar um cubo, apenas colocamos a câmera à sua frente, na posição normal, o cubo aparecerá para nós como um quadrado. Mais se inclinarmos a câmera e colocarmos acima do cubo, teremos mostrado 3 das suas superfícies e assim o identificaremos como tal.











Costuma-se dividir em 3 ângulos:

- Alta: diminui o tamanho do objeto e nos dá a impressão de pequenez e inferioridade
- Normal: Nesta angulação a câmera se coloca na mesma direção do objeto ou pessoa que vai filmar.
- Baixa: esta angulação aumenta o objeto e nos da impressão de superioridade e domínio.

Linguagem - Movimentos de Câmera


















Traveing- Quer dizer "viajem" a câmera aproxima-se, afasta-se ou acompanha as coisas


















Panorâmica - A filmadora não sai do lugar mais gira em torno de seu próprio eixo, dando ao espectador uma visão semi circular. de acordo com a direção do movimento Se chamará panorâmica ou horizontal.

















Traveling ótico- É feito sem a câmera sair do lugar, usando-se o movimento com a lente do zoom.

Linguagem - Som

Visão e audição são permanentemente solicitadas quando estamos vendo um filme. Imagem e som devem estar de acordo, pois dessa união depende a melhor ou pior transmissão das idéias de um filme.

Som direto: Geralmente é usado em documentários, são registrados no momento da filmagem.

Efeitos sonoros - Simulações de som real produzidas em estúdio.

Colocar ruídos e diálogos no filme chama-se mixar.

Linguagem - Roteiro

Roteiro é o itinerário na ordem que lhe for mais conveniente.

No cinema o roteiro marca as varias imagens (especificando tipo de plano angulação etc) que têm de ser filmadas seguindo a ordem da história.

Um roteiro é dividido por Planos e seqüências.

Plano- é cada imagem que aparece na tela. Cada vez que a imagem muda temos um novo plano.

Seqüência- é o conjunto de planos.

Linguagem - Equipe de Produção

Produtor - É a pessoa que aplica dinheiro no filme. É quem se responsabiliza pelas despesas. Um filme custa caro e o produtor toma varias medidas pra torná-lo mais barato. Por exemplo, pode alterar a ordem do roteiro de filmagem filmando varias seqüências de uma vez num determinado local com os mesmos atores, embora estas cenas estarão uma no início e uma no fim do filme.

Produtor executivo - É quem organiza a produção, contrata técnicos, atores, especialistas. Deve também providenciar os objetos necessários: leques, relógios, louças etc...

Diretor Musical - Estuda a musica que pode ser composta para o filme ou uma já conhecida que combina melhor com determinada seqüência.

Diretor - É o verdadeiro responsável pelo filme. Embora saiba exatamente como é o filme, precisa da colaboração de toda a equipe para que a idéia seja bem executada. O diretor começa a trabalhar no filme desde o roteiro, acompanha as filmagens indicando ao fotógrafo como deseja cada plano e ainda segue a montagem, mostrando o ritmo que ele deseja pras cenas. Todo diretor tem uma marca que o faz ter sua maneira própria de contar histórias.

Assistente de direção - Convoca os atores para filmagem, checa se está tudo em ordem e eventualmente substitui o diretor em algumas cenas.

Atores - Há os principais os coadjuvantes e os figurantes.

Fotógrafo - Auxilia o diretor para resolver o tratamento da fotografia e filma.

Eletricista - Cuida das instalações de luz etc...

Cenógrafo - Compõe informações que revelem o ambiente de filmagem, ficam a cargo desta pessoa.

Figurinista - Responsável pela vestimenta dos atores.

Continuista - Anota o número e duração de cada plano com suas características gerais, também cuida para que no caso de uma interrupção de filmagens, os atores permaneçam com o mesmo figurino e os objetos nos mesmos lugares.

Linguagem - Finalização - Pós Produção

Montador é quem na ilha de edição vai colocar os planos filmados na ordem desejada, executar o ritmo do filme.

Montagem - Onde se executa o ritmo do filme. A maneira de contar história com cenas alternadas, elipses de tempo, cenas paralelas, recordações do passado etc...
A relação dinâmica que existe entre as peças da montagem determina o sentido da história..

Tecnicamente a montagem pode ser denominada:

Normal - desenrola os fatos na ordem cronológica.

Paralela - duas ou mais ações são mostradas em locais diferentes ao mesmo tempo.

Volta ao passado - Intercalam-se movimentos do presente e do passado, podem significar recordações do personagem.

Para emendarem planos, fazendo pontuação são usados recursos como:

Corte seco - O plano de uma cena é diretamente unido ao plano de outra.

Fusão - Uma imagem se sobrepõe à outra até que desapareça.

Fade in/fade out - Como o nome indica, o plano que termina escurece gradativamente enquanto o novo vai clareando.

O distribuidor é o intermediário entre o produtor e o exibidor que são as salas de cinema e sites de exibição como youtube...

domingo, 13 de setembro de 2009

CINEMA







Sistema de reprodução de imagens em movimento, registradas em filme e projetadas sobre uma tela, usado como meio de expressão artística e comunicação de massa.



Origem

Seqüência de imagens que demonstram claramente a movimentação de um cavalo correndo em três momentos distintos de um movimento:
1-Movimento das pernas de um javali(javali de Altamira - Espanha)
2 - Painel denominado "A queda da vaca preta" onde é representada graficamente a queda de uma vaca de um penhasco






Pinturas do Egito antigo









Representação gráfica de pastores egípcios conduzindo seus rebanhos

Pré História Arte na Grecia antiga

O “Discóbolo de Miron” foi esculpido num estado de equilíbrio que só pode ser mantido durante uma fração de segundo – uma fase instantânea do movimento do corpo.

O escultor isolou esse instante e sugeriu fortemente através dele o antes e o depois do movimento. Os gregos eram muito exigentes em relação ao estudo das proporções e medidas do corpo humano e estudaram muito também as tensões corporais geradas pelo movimento.

Os gregos, adoradores dos esportes olímpicos, traduziram em sua arte, a paixão pelos movimentos atléticos. Em diversas pinturas gregas, vemos verdadeiras seqüências onde se verificam diversos instantes de movimentos.

Desenhos Hindus

Para representar estas imagens, foram realizados diversos estudos de posições de cabeças e braços.

camera escura

Quando falamos em câmara escura, estamos nos referindo a um espaço interior, um compartimento fechado. Uma câmara escura pode ser, por exemplo, um quarto fechado, uma caverna, uma caixa ou mesmo o interior de uma lata. A luz procedente de um objeto iluminado e que, através de uma pequena abertura, penetra o interior de uma câmara escura, reproduz lá dentro, em sua parede oposta à abertura, uma imagem invertida deste mesmo objeto.

Lanterna Mágica

Mais tarde surge a lanterna mágica, que era uma caixa cilíndrica iluminada à vela, que
projetava as imagens pintadas em vidro fino.

As primeiras lanternas mágicas foram usadas dentro das casas das pessoas. Posteriormente, outros cientistas foram a aperfeiçoando. Foram criados recursos para que os slides fossem trocados gerando a ilusão do movimento.

fotografia

A fotografia foi descoberta quando foi usada uma chapa de metal sensibilizada por produtos
químicos dentro de uma câmera obscura. Ficou registrada na chapa, a paisagem de fora da
câmera.
Posteriormente a essa descoberta, novos aperfeiçoamentos foram sendo alcançados, e ao
invés da imagem ser fixada numa chapa de metal, ela passou a ser fixada em um papel
sensível à luz. Ao invés de se usar um “quarto escuro”, passou-se a usar uma câmera de
tamanho menor, e a partir daí a fotografia foi se desenvolvendo e passando a fazer parte do
cotidiano das pessoas, para diversos fins.

O cinema
















A partir dos estudos de decomposição do movimento com fotografia, foram surgindo novas invenções utilizando-se destes recursos, porém com a finalidade de projetar essas imagens seqüenciais.

O cinema surge a partir de diversos inventos, capazes de registrar as seqüências de fotografia (fotogramas) em movimento, e depois projetá-las para públicos cada vez maiores.

PRIMEIROS APARELHOS -

Para captar e reproduzir a imagem do movimento, são construídos vários aparelhos baseados no fenômeno da persistência retiniana (fração de segundo em que a imagem permanece na retina), descoberto pelo inglês Peter Mark Roger, em 1826. A fotografia, desenvolvida
simultaneamente por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce, e as pesquisas de captação e análise do movimento representam um avanço decisivo na direção do cinematógrafo.

Curiosidades

Nós apresentamos uma "anomalia" na visão denominada persistência retiniana (ou uma persistência de visão) que consiste na retenção do estímulo em pelo menos 0,1 de segundo --- tempo suficiente para que o cérebro possa reunir todas as partes de modo a formar um quadro completo.

Essa persistência significa que, após um estímulo (entrada de luz no olho), mesmo que a luz desapareça, a retina continuará a enviar sinais para o cérebro durante essa fração do segundo --- mesmo sem luz, continuamos a enxergar!

É graças a essa "anomalia" que podemos "ver televisão", ver raios de rodas girando para trás enquanto o veículo vai para a frente, "ver cinema" etc

Cinematógrafo

De cinemat(o) + grafo. Nome dado ao aparelho inventado pelos Irmãos Lumière um aperfeiçoamento do cinetoscópio de Thomas Edison - e que constitui um marco na História do Cinema. Na descrição dos próprios inventores, tal aparelho permite armazenar, previamente, por uma série de instantâneos (fotogramas), os movimentos que durante um certo tempo, sucedem diante de uma lente fotográfica e depois reproduzir estes movimentos projetando estas imagens sobre um anteparo (v.g.: tela, parede)

Primeiros aparelhos

- Fenacistoscópio;
- Praxinoscópio;
- Cronofotografia;
- Cinetoscópio;
- Cinematógrafo;

Lumière



Auguste Lumière (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948) nascem em Besançon, na França. Filhos de um fotógrafo e proprietário de indústria de filmes e papéis fotográficos, eram praticamente desconhecidos no campo das pesquisas fotográficas até 1890. Após freqüentarem a escola técnica, realizam uma série de estudos sobre os processos fotográficos, na fábrica do pai, até chegarem ao cinematógrafo. Louis Lumière é o primeiro cineasta realizador de documentários curtos. Seu irmão Auguste participa das primeiras descobertas, dedicando-se posteriormente à medicina.

Os filmes dos irmãos Lumière eram de curta duração e não contavam uma história. Apenas registravam cenas da vida cotidiana.

A primeira exibição pública das produções dos irmãos Lumière ocorre em 28 de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris. A saída dos operários das usinas Lumière, A chegada do trem na estação, O almoço do bebê e O mar são alguns dos filmes apresentados.

As produções são rudimentares, em geral documentários curtos sobre a vida cotidiana, com cerca de dois minutos de projeção, filmados ao ar livre.


Mélies

O mágico da Câmara

Se Lumière saiu às ruas para documentar a vida cotidiana, Geoge Mélies foi o primeiro a usar o cinema como expressão dramática . Méliés era mágico, diretor de teatro e empregou todos os recursos que tinha: atores, cenários, maquilagem. Fez superposição de imagens, escurecimento e clareamento. Sua obra foi considerada teatro filmado.













Seu filme Viagem à Lua, de 1902, é considerado a primeira ficção científica do cinema. Dura 13 minutos e é inspirado nos romances de Julio Verne.

E agora?

O cinema sempre foi indústria, envolvendo grande somas de dinheiro. A única maneira de fazer esse dinheiro retornar aos produtores, isto é, conseguir lucro, é procurar se chegar ao gosto do público. Em todos os tempos existiram duas correntes marcantes no cinema:
A que usa recursos de linguagem já conhecidos do público, onde o produtor não correria o risco de perder dinheiro;

A que prefere trabalhar buscando as mudanças na linguagem, e por vezes abordando temas que incomodam o público.

Começou-se falsamente a chamar essas correntes de cinema comercial e filmes de arte. Porém todos os filmes são comerciais e todos pretendem ser artísticos.